domingo, 15 de junho de 2014

Tentativa de Distraçāo Número 3.

Me chamaram para almoçar, acordei, ou nāo. Pensei em fingir que estava dormindo só pra evitar o contato na mesa com meus pais e aguentar perguntas do tipo ‘’Que horas foi dormir?’’ ‘’Ficou falando com ele?’’, mas desisti dessa ideia porque estava realmente com fome. Arrumei a cama, abri as janelas, vi aquele clima nublado ainda mais deprimente, limpei o chão , e pensei nele logo em seguida.

Me arrumei e sai comer com meus amigos ( tentativa de distração ) foi legal, rimos, falamos merda, comemos, fiz piadas idiotas e aguentei piadas do mesmo tipo também, dividimos mais um prato de comida, nos lamentamos, fizemos mais piadas ( umas até indesejáveis porém automáticas em nossa mente), ao menos eu ri. Mexia no celular de uma forma tāo compulsiva que até me assustei, porém só estava esperando uma mensagem qualquer dele. Depois fomos dar umas voltas e esqueci do assunto por 15 minutos.

Cheguei em casa, ajudei meus primos a colarem figurinhas trocadas na praça por eles hoje de manhā, eles me fizeram rir e sentir saudades do tempo que tinha 6 anos e colava figurinhas de pôneis. Comi novamente. Subi para o meu quarto, tomei banho e pensei nele de novo. Na verdade pensei também no momento que estava colando figurinhas, por ele gostar de futebol mas isso durou 10 segundos. Ou mais. Deitei na minha cama, entrei em um blog sobre relacionamentos, comecei a ler e me identifiquei. Conversei com umas amigas que fazem um papel de alguma terapeuta as vezes (quase sempre), elas me ajudaram a perceber a estupidez dele. Mas meu cérebro , ou coração, insistiu em esquecer essa estupidez minutos depois. Abri a conversa dele comigo, observei por alguns instantes, senti o coração apertar, li alguns textos, abri a conversa novamente, li mais textos. Identifiquei minha situação em alguns dos diversos textos lidos, procurei talvez uma solução que nāo fosse ‘’drástica’’ mas nāo achei.  Me senti fraca.

Tentei  terminar esse texto à algumas umas horas atrás mas achei ele superficial demais para o real motivo de eu ter começado a escreve-lo.  Continuei deitada na minha cama durante essas horas, respondi algumas perguntas da minha irmā sobre qual cor de esmalte eu achava mais bonita para ela pintar as unhas, liguei a televisão, nāo achei nada bom o suficiente para eu assistir ao invés de continuar esse texto, desliguei a televisão. Fiz as ‘’pazes’’ com meu amigo Y, brigamos novamente. Me deu vontade de chorar, nāo chorei. Dei o play na minha playlist de músicas animadas ( tentativa número 2 de distração), dei pausa. Dei o play na minha playlist de músicas depressivas, nessa hora eu pensei muito mais nele, chorei.

Cheguei a conclusão que nem tivemos algo suficientemente forte para eu estar sofrendo tanto, mas também conclui que eu me apeguei muito a uma coisa que ele considera pouca. Senti apertar meu coração de novo. Me distrai com um pedaço de bolo de laranja que meu pai me trouxe, comi, mastiguei pela primeira vez esse ano ao invés de engolir a comida. Conversei com pessoas aleatórias, dei risada, vi fotos de jogadores gatos no Google, liguei a televisão novamente, desliguei as músicas, e fiz um coque no meu cabelo. E enquanto enrolava meu cabelo pensei nele, e no momento eu ainda estou pensando. Ele nāo sai da minha mente mas VAI PASSAR. 



                                           

Nenhum comentário:

Postar um comentário